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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

No escuro - Poesia?



No escuro, não se pode ver o que não se quer sentir. Por muitos, a falta de luz chega a ser um rio que não se vê fluir. Dentro da su'alma ou de seus nervos cerebrais, por mais que tente, coibitivo será, em pensamentos e afluentes sensações de estar totalmente perdido em meio a antumbrais; Poderia eu estar louco? Bem... Quando cai em sono profundo e tive aqueles sonhos, que já esqueci, todos moribundos, foi no que pensei. Aquela voz de minha mulher, afinada e cantante, - ei! - de um único agudo, longínquo e um tanto astuto, somente isso lembro-me que sonhei.
Poderia estar certo a sentença de que sou um "algo" inexistente? De que poderia travar seus problemas em passado, um tanto, você, desamado, que está a ficar só tremendo pelos dentes?
Tremendo? Sim. Uma ação comum para quem tem medo. Você deseja um alto padrão de vida ou um amor duradouro, mas é preso ao fútil e inibido desejo - então, sim, assuma, você tem medo. - de tentar bater as asas e cair, ou com um milhão de respostas em infinidade, de não ter pra onde ir.

Então aqui definimos o que é escuro. Certo?

Não sei no que está pensando, caro amigo. Poderia tentar, tentar, tentar, tentar, tentar, tentar, tentar, tetar, cansar, cansar, rancas, casar... - tanto que esqueceria de completar as letras de minhas palavras, olhando apenas para o próprio umbigo. Então dizemos aqui o significado de "ensaio", o mesmo que tentativa, mas de uma maneira esquisita e de certo modo, arbitrário.
Poderia errar ao etéreo.
Mesmo que eu pudesse...
Ah....
Ideias sem assas -
De semi-térreo.

Sinto que nessa última sentença eu lhe mostrei uma tela escura e lhe dei um pincel, mas não a oportunidade e muito menos a cor, que deseja ou que quer, para pintar seu próprio céu.
Não sei bem a função desse texto ou para quem o dirijo, entretanto... Continuarei a escrever, mesmo palavras tão absolutas de cem sentidos.
Estaria eu enlouquecendo?

A medida que o tempo passa você percebe que minhas quadras ficam menores. Mas é indolor pra mim, se assim concluir que sou o organismo vivo ligado ao texto. É como dar parte da minha carne e pedir que entenda a arte de uma arte de pretextos. Se eu não terminar uma frase...
Eu, estaria, enlouquecendo? - ou seria reação de "isso é apenas uma fase!". Geralmente as pessoas que o proferem, estão em constante crescimento? Ou estão tão errados quando os anagramas da palavra 'alma' e seus estranhos significados, que jamais estão interligados?

... então....

Sim, essa última foi maior. E o que vem agora é ainda mais demasiado. O último gás de um ser do além. Ou de um adolescente, ou adulto, ou velho, ou neném.

O escuro; Você apercebe as sombras dançantes e viaja do topor, mesmo não apanhando e nem com enxaqueca, a ausência de sentidos lhe produz grande dor.
As sombras dançantes que exalam alucinação de topor, te apanham, dando-lhe enxaqueca, dando-lhe sensação de ausência, produzindo alienação de sua própria vivência.
Deus, me ajude, ajude-me bom Deus. Darei tudo o que eu tiver e mais um pouco, mesmo sabendo que não é o meu o que é teu, estarei preso para sempre nesse eterno breu?
Invento personagens, invento canções e presenças que não estão lá.
Digo-me para esquecer e não intervir no natural, fingir que não estou lá.
Poderia me fazer companhia, caro amigo imaginável. Poderia, tá?
Mas eu não estou lá. E você não está aqui.
Vivo de imaginações.
Eu sou a ilusão.
Não, digo-lhe -
Não.

o.
Um poço de desejos que surge no mais profundo ápice de loucura dentro da mente. Eu não sou um demente. Que isso fique entre "a gente", do informal ao formal contundente. Meu Deus, eu vejo aquele sorriso no enegrecido nada, S-O-R-R-I-D-E-N-T-E!
A mandíbula artística de um Picasso sem mão, desenhando com a boca o que vê em sua comunhão de demônios próprios e figuras sem vida um tanto tortos.
Eu viajo, sim eu viajo.

Sou um escritor criando personagens. Era isso que eles queriam não é? Vertigem toma conta do's meus olhos. Tremedeiras na minha mão. Retumbantes batidas no meu coração. Vivências e vereditos que eu não passei. Aquela voz me chama novamente... Ei!
Eu te amo, queria amada.
Mas não é minha hora, cara donzela.
Bela senhora.

O corpo esquelético e, sorridente acaveirado, me abandona. Estou maltratado. Pela própria confusão de amar.

Meu corpo estivai e minha alma estivai, meus pensamentos estivais.

Estou morrendo.

Estou sem tempo.

EsTaRiA eu enlouquecendo? Ou é reflexo do pesadelo que continua doendo?

As estrofes doem o que separa sua imaginária solução que imaginaria uma emoção. Não!

É a chave - (do fim) - que eu criei. (do fim).

As veias que chamam-me a atenção, são as vertentes belas da pele branca de minha esposa.

Ela diz; Venha, eu sou a antítese d'a loucura e paixão;

Empoleirada ela está, em vinhas de raízes e uma luz bruxuleante paira sobre sua cabeça.

O meus ases se foram, e ela se foi, pra sempre. A Deus dê, nada é realmente teu.

A dama dos meus sonhos que eu a matei estando risonho.

Estaria eu ficando louco?

Eu digo a bruxa, que são minhas memórias, para ir embora. Sim, ela também foi.

A solidão que me abandonaste depois disso, me deixa maluco. Nem mesmo a morte sabe onde estou.

Eu preciso me reanimar, então, busco criar outro algo.

Lembro-me de manter o ritmo de ligações, mas estou tão... tão...

Sem ajuda.



Aqui eu te mostro o valor do escuro e lhe digo que não sou ninguém.

O vento através da fechadura, ou os pedidos injuriados de por favor!

EU sou amor. EU sou a Dor. Eu sou você. Você não sou eu. Eu não sou Deus.

O semi-térreo de minha vida é o alicerce do inexistente. Os cem sentidos de minha opinião.

As loucuras de seu passado em um espaço escuro e remoto, não antes remexido.

A solidão que encalça o teu ouvido em certos zumbidos.

Os grilos que morrem.

Os bebês que nascem.

O escuro e o nada.



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Eu não sei pra que isso serve. Já que não existo.

A mensagem foi dada e a luz apagada, e eu... deixei de existir, na ausência de inexistência, eu me fui.




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