A rede é jogada ao mar. Peixes são encontrados entrelinhados com alguns pertences como botas, um casaco camuflado do exército e uma boina.
- Parte 04 -
14:25, 9 de agosto.
Os últimos dois dias fiquei ocupado com uma tenda e cordas feitas de fibra de coco (única coisa em abundância por aqui, onde eu olho na areia eu vejo). Não tive tempo para escrever, pois ocorreu um fato bastante interessante. Rastros enquanto juntava as fibras, rastros de três pessoas, três pares de pés, para onde os mesmo que vi na noite anterior estavam indo: O leste.
Isso prova que não enlouqueci. Mas o que raios há de ter lá? Eu sei que logo logo descobrirei...
15:25, mesmo dia.
Volto a escrever para passar o tempo. Estou em um ponto cego da praia ( eu tentei observar e comprovei), eu tenho a visão dela inteira ( talvez seja essa a razão de eles não me verem aqui em cima mesmo com a fogueira acesa). Tenho lápis, mas se o papel acabar não poderei repôr com nada. Este é o diário de bordo do N.S.S Nay Tender, os outros foram dissolvidos como açúcar em um copo de água, mas essa água é muito salificada. Este foi o único que consegui recuperar.
Vagas memórias de saltar do barco pela noite me chegam como flechas disparadas de um arco desgastado. E também de ter chegado na praia sozinho. Me lembro de uma reunião de capitães, generais e coronéis. Discutíamos sobre o início da guerra no Vietnam. Essa memória é despedaçada no ar em um livro de imagens incompletos, pulei do barco e nadei ao bote vazio e uma onda quebrou em cima de mim. Ainda me recordo de ser acertado na cabeça, é só disso que me lembro agora...
1 comentários:
bom!
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